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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

E DAVA-SE INÍCIO A FABRICAÇÃO DE ACORDEÕES

INCÊNDIO NA SEXTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO
            "... ocupava uma área própria construída de 14.000 m2., 470 operários produziam em média, mensalmente, 700 acordeões e 3.000 unidades de móveis diversos." Esta era a descrição da fábrica feita em matéria na edição número 1 da Revista Gaúcha, que Adelar Bertussi e Adelar Neves publicaram durante os anos 70. O texto descrevia o incêndio que, na sexta-feira, 13 de agosto de 1971, atingiu a Todeschini. O fogo ardeu durante dois dias e destruiu completamente as instalações da fábrica.
            Mas, já no dia 15 de outubro, a empresa ressurgiu das cinzas, sob a denominação de Todeschini S.A. - Indústria e Comércio, com cerca de 250 acionistas, a maioria deles, os próprios operários da fábrica.
            Menos de três anos após aquela sinistra sexta-feira, 13, as novas instalações haviam de novo alcançado 11.000 m2 de área construída e abrigavam 350 operários. Mas a fabricação de móveis havia sido drasticamente aumentada para 8.000 peças mensais, contra uma violenta redução na produção das famosas gaitas, apenas 300 instrumentos por mês. Boa parte delas saiam de Bento Gonçalves diretamente para completar o abastecimento do mercado europeu de outra marca mundialmente conceituada, a Honer.
            Honeyde e Adelar Bertussi eram os únicos músicos consultores da linha de produção. Eles passavam com freqüência pela fábrica, onde experimentavam as gaitas prontas, conferiam os resultados e sugeriam eventuais modificações. "Os instrumentos eram fabricados de acordo com as orientações dos irmãos Bertussi", testemunha lvo Bondam, uma autoridade no assunto, ele entrou para a Todeschini aos 13 anos de idade e lá trabalhou durante 46 anos.
            Para cada instrumento finalizado, eram montadas nada menos do que 3.856 peças - todas elas produzidas dentro da própria fábrica.

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